Lancei naus para o outro lado,
do mundo que acreditava quadrado,
cavalguei as ondas do oceano,
provei que o mundo nĂŁo Ă© plano,
e com este sentimento profundo,
tornei-me dono do mundo.
O povo inculto colonizei,
Mais sabedor dos que exultei.
Espalhei a palavra com fervor,
aos descrentes infligi dor,
esventrei o solo sagrado,
por um punhado de ouro roubado.
O sangue jorrou incontido
puro, vermelho, nativo,
e ao mar de novo me lancei,
de regresso Ă casa que deixei.
Nas ĂĄguas enfrentei a fĂșria divina,
resoluto, venci a minha sina,
com as naus, no Tejo fundeadas,
repletas de riquezas pilhadas.
A El Rei apresentei-me curvado,
com o sangue nas mĂŁos, lavado,
Carregando o ouro negro, que sem vergonha,
trafiquei alegremente, Ăł coisa medonha.
Exibidos perante o povo analfabeto e bruto
Que julgava ter o poder absoluto,
Incapaz de alcançar a razão
Obediente como um cĂŁo.
O reino delirou com as glórias alcançadas
sem se importar com as vidas ceifadas,
El Rei exultou os feitos desta gente insana
Que se julgava impoluta e puritana.
Tantas riquezas esvaĂdas
tanto sangue, tantas vidas
Tanto desperdĂcio, tanta pobreza
Tanto bruto disfarçado de nobreza!
#aprendizagem #superação #sucesso #queda #fracasso #ruiferreiraautor #followïœe #follow4like #foco #objetivo #precisavaescrever #citação #aprendizado #resiliencia
0 ComentĂĄrios
Muito obrigado pelo seu comentĂĄrio.