Santorini, uma joia do Mar Egeu, é um espetáculo de alvura e azul. As casas brancas, imaculadas e cintilantes sob o sol grego, são um símbolo da arquitetura cicládica. Elas agarram-se às falésias, encavalitadas umas nas outras, formando um labirinto encantador de habitações e caminhos.
As vielas estreitas, pavimentadas
com pedras polidas pelo tempo, convidam a passeios sem pressa, onde cada
esquina revela uma nova vista ou um recanto secreto. As escadas, íngremes e
desafiadoras, levam a terraços onde se pode absorver a vastidão do azul
infinito.
As cúpulas azuis, que adornam
tanto as casas quanto as inúmeras igrejas ortodoxas privadas, são como gotas do
céu que caíram para embelezar ainda mais a paisagem. Essas cúpulas não são
apenas um deleite visual, são um reflexo da fé e da tradição de toda a ilha.
O Symposion Cultural Center|Music-Art Mythology
Numa das incontáveis vielas
sinuosas, encontra-se o Symposion Cultural Center|Music-Art Mythology, um lugar
onde a história e a música se unem numa dança eterna. Aqui, sob a sombra de uma
cúpula celeste, vive-se uma experiência cultural sem paralelo. O proprietário, Yannis
Pantazis, um artesão de mãos hábeis, fabrica instrumentos musicais que são ressonâncias
do passado. Com cada corda afinada e cada flauta soprada, ele conta-nos histórias
de deuses e heróis, de amores e tragédias que são o âmago da mitologia grega.
O Symposion é mais do que um
espaço; é um portal para outra era. Aqui, o tempo parece dobrar-se sobre si
mesmo, permitindo que o presente toque o passado. O proprietário, um autêntico
poeta dos sons, é o guardião deste limiar.
Yannis Pantazis
Com habilidade e dedicação, Yannis
Pantazis, ressuscita instrumentos que haviam sido silenciados pela marcha
implacável do tempo. Liras que uma vez se ouviram nos banquetes de reis, aulos
que acompanharam os coros nas antigas tragédias gregas, e cítaras que foram
dedilhadas por poetas, todos renascem nas suas mãos. Cada instrumento,
cuidadosamente recriado, é uma peça de história que respira novamente.
Durante as apresentações, os
visitantes são envolvidos em melodias que são tanto antigas quanto intemporais.
Sons que talvez tenham sido ouvidos por Platão ou Sócrates agora preenchem a
atmosfera, tocando a alma de quem escuta. O proprietário, com profunda
compreensão da mitologia grega, combina as notas musicais com narrativas
épicas, criando uma experiência imersiva que é tanto educativa quanto
emocionante.
O Symposion não é apenas um local
de entretenimento, mas um espaço de aprendizagem e conexão com o passado. É um
testemunho do poder da música e da história, e de como eles podem unir-se para
criar algo verdadeiramente mágico. Aqui, cada corda vibrada e cada nota tocada
são um convite para explorar as raízes profundas da cultura grega e sentir,
mesmo que por um momento, a pulsação da vida na antiguidade.
No Symposion, a arte de fabricar
instrumentos é uma tradição que combina habilidade artesanal com uma profunda
reverência pela história e mitologia grega. Yannis Pantazis, o artesão e músico
residente, cria uma variedade notável de instrumentos tradicionais, bem como
aqueles do seu próprio design, inspirados pela mitologia e pelo papel da música
no passado da Grécia.
Os instrumentos
Os instrumentos são feitos com
materiais autênticos e técnicas que remontam aos tempos antigos. Por exemplo, a
tsabouna, uma gaita de foles grega, é construída usando pele de cabra, cana e
osso, refletindo a herança das ilhas do Egeu. O doubaki, um tambor de percussão
grego, é feito de pele de cabra e madeira, mantendo a tradição viva através da
sua sonoridade característica.
Além disso, flautas como o aulos
(flauta de cana simples), diaulos (flauta de cana dupla), e a syrinx (flauta de
Pã) são criadas com precisão para produzir os tons que uma vez ressoaram nas
mãos de músicos da antiguidade. Cada instrumento é destacado tanto nas
apresentações musicais como nas performances noturnas, permitindo que os
visitantes experimentem a música como era tocada e apreciada na Grécia antiga.
Esses instrumentos não são apenas
peças de exibição; eles são tocados e trazem a história à vida, permitindo que
os visitantes do Symposion se liguem com o passado de uma maneira tangível e
auditiva.
Os burros, os fiéis companheiros
A areia preta da praia, uma nota
constante da origem vulcânica da ilha, contrasta com o branco cintilante das
construções. Os habitantes de Santorini, com a sua simpatia inata, deslocam-se
por entre casas encavalitadas, que parecem conversar umas com as outras através
das estreitas vielas. Os burros, parte integrante da vida quotidiana, são os
fiéis companheiros que entregam as mercearias, subindo e descendo os caminhos
íngremes com uma paciência que só eles possuem.
Santorini é mais do que uma ilha;
é uma sinfonia de cores, sons e histórias que se misturam para criar experiências
inesquecíveis. É um lugar onde cada pôr do sol é uma promessa de um novo
amanhã, pintado com os pincéis de uma história rica e uma musicalidade que toca
o coração de quem a visita.
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