Dentro de cada ser humano, habita uma dualidade intrigante: dois animais, um feroz e outro dĂłcil.
O feroz é aquele que absorve tudo de mau que acontece ao seu redor. Apoquenta-se com rumores e boatos, valorizando-os e permitindo que a negatividade o consuma. Este animal vive em constante estado de alerta, sempre pronto para reagir às ameaças, reais ou imaginårias. à impulsivo, movido por instintos primitivos, pronto para atacar e defender.
O dĂłcil, por outro lado, Ă© calmo, gentil e procura a harmonia. Desvaloriza a mentira e tudo aquilo que nĂŁo pode controlar. Ele sabe que a verdade Ă© o seu refĂșgio e o seu rochedo, uma base sĂłlida sobre a qual pode construir a sua vida. Este animal Ă© sereno, e enfrenta as adversidades com calma e sabedoria, sem se deixar abalar pelo caos ao seu redor.
Esses dois animais coexistem num constante combate, cada um procurando prevalecer sobre o outro. A dialética do comportamento humano é, portanto, uma dança constante entre esses dois animais.
A cada momento, temos a oportunidade de decidir qual deles queremos nutrir. E Ă© essa escolha que define quem somos, como navegamos pelas complexidades da vida, e como enfrentamos os desafios da nossa existĂȘncia.
Alimentar o animal dĂłcil nĂŁo significa ignorar os problemas, mas antes enfrentĂĄ-los com uma perspetiva equilibrada, fundada na verdade. Dessa forma, transformamo-nos naquilo que decidimos nutrir, e Ă© essa decisĂŁo que molda o nosso carĂĄter e o nosso destino.
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