Texto do dia VII

 

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Nesta vida onde os espelhos se tornaram mais consultados que os livros, a sociedade desfila numa passarela de efemeridades. A profundidade Ă© ofuscada pelo brilho superficial de um "Gosto", e a sabedoria antiga Ă© trocada por tutoriais de cinco minutos. 
Nesta feira de vaidades, o conteĂșdo genuĂ­no Ă© substituĂ­do por filtros que distorcem a realidade, criando um palco onde todos sĂŁo atores, mas poucos reconhecem o teatro. Valoriza-se o que Ă© volĂĄtil, e a procura incessante pelo extraordinĂĄrio torna o ordinĂĄrio desvalorizado. 
Tenta-se normalizar o anormal, aplaudindo-se o extravagante enquanto o essencial Ă© relegado ao esquecimento. 
A sociedade, embriagada pelo consumo desenfreado, esquece que as coisas mais valiosas nĂŁo tĂȘm etiqueta de preço e que, no fim, o que realmente importa nĂŁo pode ser comprado ou vendido. 
 
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