E ele marchou. Mediu terras, traçou fronteiras, ergueu muros, alargou mapas. Com espada, lei e cifra, tomou o que pôde e quis o que não pôde. Chamaram-lhe conquistador.
Mas o tempo, impiedoso e risonho, não se dobrou ao seu império. O sol queimava as suas bandeiras, a poeira apagava os seus decretos. Os seus olhos, sempre no horizonte, não viram os filhos crescer, não ouviram a canção do vento, não sentiram o calor de um abraço.
E quando, enfim, o seu nome foi entalhado em pedra fria, não havia terras a tomar, nem guerras a vencer. Apenas um pedaço de chão, dois metros de profundidade, e um epitáfio que ninguém lia.
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