Além das estrelas

 



Na noite escura, onde o silêncio chora,

Uma criança procura respostas nas estrelas.

Os olhos, ainda húmidos de saudade,

Procuram a mãe que partiu cedo demais.

As constelações agitam-se no céu,

Como memórias brilhantes e distantes.

A criança estende as mãos, tentando tocar

A luz que um dia lhe aqueceu o coração.

Mas as estrelas guardam segredos,

E a mãe permanece um mistério intocado.

A incompreensão é um fio invisível,

Que tece saudade e dor em cada verso.

Ela imagina a voz suave da mãe,

Segredando histórias de encanto e coragem.

Os abraços que a envolviam como as asas de um anjo,

Agora são apenas lembranças na penumbra.

A criança cresce, mas o vazio persiste,

Uma ausência que não se apaga com o tempo.

Ela aprende a sorrir, a enfrentar o mundo,

Mas no âmago do seu ser, há sempre uma estrela a mais.

A mãe está lá, além das estrelas,

Observando cada passo, cada lágrima.

O seu amor transcende o espaço e o tempo,

Guiando a criança na sua viagem solitária.

E quando a noite se torna insuportável,

A criança olha para o céu e sorri.

Porque, mesmo na escuridão, há uma luz

Que nunca se apaga: o amor eterno de uma mãe.

Que as estrelas sejam testemunhas,

Do laço que nunca se rompe, da saudade que nunca se esquece.

E que a criança, com olhos voltados para o infinito,

Encontre conforto nas asas invisíveis que a envolvem.

 

Dedicado a todas as mães que se tornaram estrelas, e a todas as crianças que procuram respostas no céu.

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