As alteraçÔes climåticas estão, isto é, continuam, na ordem do dia. Hå décadas que assim é. Nada de novo, portanto.
Durantes anos, numa Ă©poca em que falar de alteraçÔes climĂĄticas era considerado radicalismo ideolĂłgico e devaneios de uma geração rasca, lutei com convicção pela defesa dos ideais do ambiente, defendendo a necessidade urgente de se estabelecer um equilĂbrio, na relação precĂĄria entre o desenvolvimento e o respeito pelo planeta.
Naquela altura, hĂĄ 29 anos atrĂĄs, o tema da defesa do ambiente era ainda algo novo e exĂłtico, que aos olhos de muita gente, vinha colocar em causa o âmodus vivendiâ estabelecido e universalmente aceite.
Assumi bandeiras incĂłmodas e complexas para a Ă©poca, encontrei oponentes onde nĂŁo esperava, assim como encontrei aliados inesperados. A mentalidade dominante nĂŁo estava, nem um pouco mais ou menos, sensibilizada para a defesa do ambiente e resistia com dureza Ă s tentativas de mudança de paradigma. A nĂvel nacional travavam-se combates ideolĂłgicos e os partidos polĂticos procuravam arrebanhar os movimentos emergentes para a sua esfera de influĂȘncia, tentando com isso capturar e amordaçar aqueles que se levantavam contra o estado da situação.
A nĂvel local tambĂ©m se passou um pouco isso, embora Ă sua escala e dimensĂŁo. De nada adiantou, pelo contrĂĄrio, apenas me deu mais força para continuar, apesar da dimensĂŁo dos oponentes que tinha pela frente.
Estava acompanhado nesta demanda por amigos de grande valia, que em momento algum vacilaram e juntos demos o peito Ă s balas e levamos a nossa missĂŁo a bom porto.
Colocamos na ordem do dia, a necessidade urgente de tratar os resĂduos sĂłlidos urbanos, da reciclagem e das alteraçÔes climĂĄticas. Levamos a discussĂŁo atĂ© Ă s escolas primĂĄrias de todo o concelho de Penafiel e a algumas outras nos concelhos vizinhos, onde promovemos inĂșmeras iniciativas de sensibilização e aprendizagem ambiental, Ă s quais se juntaram a autarquia e em especial muitos dos docentes daqueles estabelecimentos de ensino.
Nessa época, tal como hoje, defendo que é nas escolas do ensino primårio e pré-primårio que devem ser lançados os pilares da defesa do ambiente, e os bons resultados obtidos nesse tempo, reforçam esta minha convicção.
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